sexta-feira, 8 de abril de 2011

Transição de Paradigmas


http://www.4shared.com/get/wgZvCU0H/KUHN_Thomas_S__A_estrutura_das.html


O paradigma dominante baseia-se na teoria heliocêntrica de Copérnico, nas leis das órbitas dos planetas de Kepler, nas leis sobre a gravidade de Galileu e em outras tantas, incluindo a da dúvida metódica de Descartes. Utiliza a matemática como linguagem de análise, baseando deste modo, o conhecimento na quantificação.

Thomas Kuhn, em seu livro “A estrutura das revoluções cientifícas” afirma que :”considero “paradigmas” as realizações científicas universalmente reconhecidas que, durante algum tempo, fornecem problemas e soluções modelares para uma comunidade de praticantes de uma ciência.”(p.13)

A transição de um paradigma em crise para um novo, do qual pode surgir uma nova tradição de ciência normal, esta longe de ser um processo cumulativo obtido através de uma articulação do velho paradigma. É antes uma reconstrução de área de estudos a partir de novos princípios, reconstrução que altera algumas das generalizações teóricas mais elementares do paradigma, bem como muitos de seus métodos e aplicações. Durante o período de transição haverá uma grande coincidência entre os problemas que podem ser resolvidos pelo antigo paradigma e os que podem ser resolvidos pelo novo. Haverá igualmente uma diferença decisiva no tocante aos modos de solucionar os problemas.”(p.116)

Iba Mendes, no seu blog “humordarwinista.blogspot.com”, sabiamente diz:”As idéias de Thomas Kuhn, sobre a estrutura das revoluções científicas, alcançaram grande ressonância devido ao fato de: abarcarem um campo muito amplo que vai da lógica da descoberta científica à psicologia (e à sociologia) da produção científica; seus conceitos básicos terem suficiente flexibilidade para admitir interpretações as mais diversas. Assim, é preciso considerar que uma mudança de paradigma pode acontecer subitamente, a exemplo daquele “deslocamento” da visão, antes indicado, como também pode acontecer que a formação de um novo paradigma leve muito tempo para se consolidar, o que pode implicar a coexistência de dois ou mais paradigmas num mesmo momento histórico”.

Um comentário:

  1. Muito bom esse fim de texto que ressalta que as mudanças nos paradigmas nem sempre são instantâneos. Parece-me que é o caso da transição por que passamos, em alguns aspectos, parece haver uma mudança favorável ao paradigma emergente, na interesecção entre as áreas, na visão do Capra que vocês apresentaram no seminário, e, em outros âmbitos, parece haver cada vez mais estagnação no paradigma em declínio.
    Katarina

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